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Loopa​-​mos

by Zé Keating

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1.
2.
Fortaleza 03:59
Já pouca carne fica quando em roda à fortaleza Soldados jogam dados para divertir a incerteza Que o tempo trapaça, arranja ligeireza E rafa uns quantos anos com caprichos da princesa O cerco não aperta nem recua a fortaleza A malta lá de dentro não vacila e com certeza Que isso é tudo o que basta pa bater mal da cabeça E cabeças a mais a bater mal é descompensação É uma carga de trabalhos É uma data de sarilhos Nem descanso aos agasalhos Nem emprego nos gatilhos É uma carga de trabalhos É uma data de sarilhos Um rebanho de espantalhos Que há por baixo dos carvalhos sem ter com quem fazer filhos Falavam uns aos outros das famílias com tristeza: Campo bailes putos moleza Era tudo o que inda mantinha a chama morna acesa E umas quantas carcaças bem pra longe da sentença Já feito fundo falso o pavilhão da fortaleza Nem serem todos brancos lhes poupava na clareza Até que uma corneta apanha a malta de surpresa O último é estafeta a fazer tenção de render-se a nós ... Levanta-se um soldado e estremunhando as redondezas Diz: " Vamos lá entrar na porra da fortaleza Que o cerco por cercar já é quase indelicadeza E lá dentro vazio é chão da nossa realeza, pá" Mas mal esta pandilha cai com os pés na fortaleza Deixou de lhes caber aquela vista na cabeça Na sala pratos sujos e a comida sobre a mesa Já 'tava toda podre e podre sabe tudo à mesma E ao fundo lá ao fundo um quadro grande E ao fundo lá ao fundo um quadro grande E ao fundo lá ao fundo um quadro grande, Nunca foi tão irritante dar com a fronha da princesa
3.
Bambu 03:54
Ao mês de Junho chega o sol se é que ele não foge E lá de cima apita a hora de alvorada Poupa-se a terra ao suplício do arroz Também ninguém quer dar a festa por fechada É que com o tempo quente as meninas divertidas Viram costas ao dar cara a vida dura Desfilam frente a frente competição sem comida Só faz falta a quem não tem quando a procura e quem não coze come cru Ameniza-se o mambo Reutiliza-se o bambu Já se usa no campo O que era do bambu Há tanta coisa aqui que nem dá para as sentir Há tanta graça que ninguém perde tempo a tentar rir O magnetismo da maralha dá de si Roça o corpo para aí na canalha que há em volta Só por ter bazado o frio e haver pau no canavio É desculpa mais que boa para manter a franga à solta De boca aberta chegam gajos com tattoos Micam cus às raparigas pode ser que siga a certa a dar bola E o trabalho que é bater ferro no malho São mil anos de cantigas só para ver se a noite cola Já que a fome não aperta e tudo graças ao bambu What? Que é que achas bate uma dança Com sapatos a marcar a batida Sabe desde o velho ao gorducho Que umas canas no bucho vão enchendo a medida Tudo tão fácil que a cabeça ganha mofo E as salsichas absorvem o saudável das cenouras Os putos gamam gomas da nave e o Adolfo Vai piscando o olho às mocinhas loiras Do alto do amp tira o olho do prémio para topar quem é que chega primeiro Com um tuxedo e um decote é a sério Vão-se enconstando os pavões ao galinheiro
4.

about

Mais uma pequena colecção de canções gravadas em casa, duas versões e duas originais, excepto a do Zeca é tudo feito com base em loops de gravações de qualidade duvidosa. Eu toco as guitarras, baixo, bateria falsa, piano e todas as vozes. O Buga faz as batidas das Cantigas de Maio. De resto, é um compasso de espera até ao próximo... Téjá!

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released November 27, 2016

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Zé Keating Coimbra, Portugal

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